1 de 1 Deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ)
- Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados
O deputado Otoni de Paula, do PSC do Rio de Janeiro, pediu nesta quarta-feira (2/3) que a Justiça de São Paulo desbloqueie a conta onde ele recebe o salário na Câmara. O bloqueio aconteceu na semana passada, no âmbito de um processo movido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes depois de ter sido xingado pelo bolsonarista.
Otoni não consegue movimentar seu salário líquido referente a janeiro, o equivalente a R$ 24,8 mil. A defesa do parlamentar alega ao juiz do caso, Guilherme Madeira, que esses recursos visam a sustentar a família de Otoni. “O deputado destina sua verba para sua mantença e de sua família, para gastos necessários como alimentação, moradia, transporte e saúde”, afirmou o documento.
Em 2021, o juiz havia condenado Otoni a pagar R$ 70 mil de fiança a Moraes por ter chamado Moraes de “cabeça de ovo”, “esgoto” e outras ofensas chulas. Na decisão, o magistrado considerou que o deputado extrapolou os limites da liberdade de expressão. “Humilha, ofende e ataca, diretamente, a honra e a imagem” de Moraes, afirmou.
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1 de 10Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
Getty Images
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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
Reprodução
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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
HUGO BARRETO/ Metrópoles
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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados
Daniel Ferreira/Metrópoles
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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids
Micheal Melo/ Metrópoles
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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois
Marcelo Camargo/ Metrópoles
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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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