Deputado bolsonarista defende Adrilles: “Bode expiatório”
Frederico D’Ávila mandou mensagens a grupo no WhatsApp; Adrilles Jorge foi demitido da Jovem Pan depois de fazer gesto associado ao nazism
atualizado
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O deputado estadual Frederico D’Ávila, do PSL de São Paulo, saiu em defesa de Adrilles Jorge, comentarista demitido na quarta-feira (9/2) da Jovem Pan News por ter feito um gesto que remete a uma saudação nazista. D’Ávila afirmou em um grupo de WhatsApp ligado à comunidade judaica que Adrilles é um “bode expiatório” e vítima de “linchamento”.
“Acho que de tudo isso, estão querendo pegar o Adrilles pra bode expiatório e rotular a JP [Jovem Pan] como um balaio de celerados. Mas estão linchando o Adrilles na esteira desse tema. Isso pode criar um movimento inverso contra nós”, escreveu o parlamentar.
D’Ávila também afirmou que não viu qualquer conotação nazista no gesto de Adrilles. “O tchau dele é totalmente coerente com os outros dias”.
O aceno do comentarista aconteceu na quarta-feira (9/2), quando Adrilles defendia Monark, apresentador demitido do Flow Podcast após ter defendido o reconhecimento de um partido nazista no Brasil.
Nos últimos segundos do programa, Adrilles seguiu falando sobre o tema, levantou a mão em riste e logo a abaixou, rindo. O gesto remete à saudação nazista “sieg hiel”, do ditador alemão nazista Adolf Hitler. Adrilles nega ter feito a saudação nazista. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) se disse “estarrecida” com o gesto “repugnante”.
Adrilles Jorge é repreendido por apresentador ao final de programa que discutia Caso Monark. “Surreal”.
Comentarista falava sobre o tema fazendo um paralelo entre nazismo e comunismo.
Assista ▶️ pic.twitter.com/aqKGsxXF9X
— Metrópoles (@Metropoles) February 9, 2022
Deputado de primeiro mandato eleito com o voto bolsonarista, D’Ávila apresentou um projeto em 2019 para homenagear o ex-ditador chileno Augusto Pinochet. Dois anos depois, xingou o papa Francisco e a Igreja Católica brasileira de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”.
Procurado, Frederico D’Ávila não respondeu.