Deputado aproveita vitória de Fadinha para defender trabalho infantil
Sóstenes Cavalcante aproveitou a medalha de prata da skatista Rayssa Leal nas Olimpíadas para defender flexibilizações no ECA
atualizado
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Após a medalha de prata da Fadinha do Skate na noite de domingo, o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcante defendeu a revisão do Estatuto da Criança e Adolescente. Em seu Twitter, o parlamentar do DEM do Rio de Janeiro parabenizou a skatista de treze anos, mas aproveitou a oportunidade para pedir a flexibilização do ECA, no trecho que proíbe qualquer trabalho feito por menores de 14 anos.
“As crianças brasileiras de 13 anos não podem trabalhar, mas a skatista Rayssa Leal ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas… Ué! É pra pensar… Parabéns a nossa medalhista olímpica! E revisão do Estatuto da Criança e Adolescente já!”, escreveu Sóstenes, questionando a legalidade do trabalho.
As crianças brasileiras de 13 anos não podem trabalhar, mas a skatista Rayssa Leal ganhou a medalha de prata na Olimpíadas… Ué! É pra pensar… Parabéns a nossa medalhista olímpica! E revisão do Estatuto da Criança e Adolescente já!
— Sóstenes (@DepSostenes) July 26, 2021
Em seguida, o deputado citou o artigo 60 do Estatuto, que trata disso.
“‘Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade.’ Eu defendo a revisão deste artigo no Estatuto da Criança e Adolescente, se atentem para a palavra QUALQUER no texto da lei”.
“Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade.”
Eu defendo a revisão deste artigo no Estatuto da Criança e Adolescente, se atentem para a palavra QUALQUER no texto da lei.
— Sóstenes (@DepSostenes) July 26, 2021
Em resposta ao tuíte do deputado bolsonarista, o senador Paulo Rocha, líder do PT no Senado, disse que era um absurdo que Sóstenes usasse a vitória de uma atleta de treze anos para pedir revisão do ECA e defender trabalho infantil.
“Não tem comparação o trabalho infantil com a medalha de Rayssa. Crianças devem estudar, brincar, praticar esportes. Trabalhar significa não ter tempo pra nada disso”, escreveu Rocha.
É um absurdo, aproveita a vitória da atleta de 13 anos para pedir revisão do Eca e defender o TRABALHO INFANTIL.
Não tem comparação o trabalho infantil com a medalha de Rayssa. Crianças devem estudar, brincar, praticar esportes. trabalhar significa não ter tempo pra nada disso. pic.twitter.com/hKFyd3J3De— Paulo Rocha (@senadorpaulor) July 26, 2021