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Deputada do PSol que foi a ato do MBL: “Diálogo está interrompido”

Isa Penna, do PSol, não se arrepende de ter buscado unidade contra o bolsonarismo, mas diz que diálogo com o MBL não é mais possível

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A deputada estadual Isa Penna, do PSol de São Paulo, discursa durante ato do MBL pelo impeachment de Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo
1 de 1 A deputada estadual Isa Penna, do PSol de São Paulo, discursa durante ato do MBL pelo impeachment de Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo - Foto: Reprodução/Instagram

A deputada estadual Isa Penna, do PSol de São Paulo, afirmou nesta terça-feira (15/2) que interrompeu qualquer diálogo com o MBL após o deputado Kim Kataguiri ter dito na semana passada que era contrário à criminalização do nazismo na Alemanha. A parlamentar foi uma das poucas lideranças de esquerda que aderiram a protestos do MBL pelo impeachment de Jair Bolsonaro, em setembro do ano passado, na Avenida Paulista.

“Tomei conhecimento da declaração em favor do nazismo do Kim esses dias. Espero que ele responda judicialmente, assim como o Monark, o integrante do podcast Flow. A punição não pode ser branda para quem proclama o nazismo. Esse tipo de declaração interrompe diálogos, até porque se a Justiça funciona, pessoas assim não são eleitas”, disse a deputada.

Na época, Isa Penna foi criticada por alas da esquerda que não concordaram com a adesão ao protesto do MBL, entre elas o PT e o seu próprio partido, o PSol. “Não há arrependimento em me manifestar contra o bolsonarismo. Nós vivemos em um país devastado, eu fui a absolutamente todos os atos convocados no ano passado”, afirmou.

O MBL anunciou nesta semana que irá processar 17 pessoas que fizeram relação entre Kim e o crime de apologia ao nazismo. A PGR apura se o deputado cometeu esse delito.

Durante uma live na segunda-feira (14/2), o coordenador do MBL, Renan Santos, disse que Lula era um “cachaceiro vagabundo” e, entre outras ofensas, chamou a militância do petista de “bando de pelego” que não teve “coragem de lutar pelo impeachment do Bolsonaro”. O MBL trabalha para eleger Sergio Moro ao Planalto.

“O MBL já me perseguiu, me difamou e fez vários ataques misóginos, bifóbicos e políticos contra mim, portanto, o comportamento só prosseguiu. Isso reforça que eu tentei unidade contra o bolsonarismo, não posso falar nem por quem se negou a ir e nem pelos opressores. Eu tentei unidade, assim como o Lula atualmente tenta em formato de chapa com o Alckmin e tem todo meu respeito”, declarou Isa Penna.

A coluna procurou o deputado federal Orlando Silva, do PCdoB, que também foi ao ato do MBL, mas ele não se manifestou sobre o assunto.

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”
“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark
Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias
Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma
Em comunicado, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) retirou do Flow Sport Club, programa de esportes da empresa, os direitos de transmissão do campeonato carioca de futebol
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Durante gravação do programa Flow Podcast, um dos apresentadores, conhecido como Monark, 31 anos, defendeu a criação de um partido nazista no Brasil, proibido por lei

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No trecho do programa, o apresentador argumenta com a deputada federal Tabata Amaral e defende a criação do partido por ser, segundo ele, a favor da liberação de “tudo”

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“A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, defendeu Monark

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Após a repercussão negativa, o apresentador se desculpou em vídeo nas redes sociais e disse que estava bêbado e que não soube expressar bem suas ideias

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Bruno Aiub, conhecido como Monark, era dono e um dos apresentadores da atração que faz enorme sucesso no YouTube, com mais de 3,6 milhões de seguidores e quase 500 milhões de visualizações na plataforma

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Em comunicado, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) retirou do Flow Sport Club, programa de esportes da empresa, os direitos de transmissão do campeonato carioca de futebol

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Além da FFERJ, figuras do mundo esportivo se posicionaram sobre as declarações e convidados também cancelaram suas participações no podcast, entre eles o ex-jogador Zico e o humorista Maurício Meirelles

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Um dia após o ocorrido, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu denúncia contra o apresentador, que solicita a abertura de processo criminal contra ele

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Monark e a empresa dele perderam patrocínios, após o apresentador defender a existência de um partido nazista no Brasil, durante um episódio do Flow Podcast. O podcaster também foi repudiado por associações e federações israelitas

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Por causa da polêmica e repercussão negativa, o apresentador foi demitido dos Estúdios Flow e o episódio em questão foi retirado do ar

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