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Depoimento de servidor à PF desmente conclusão do Exército sobre 8/1

Servidor relatou à PF que soldados do Exército confraternizaram com os extremistas e agiram pacificamente enquanto Planalto era depredado

atualizado

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Invasão do Planalto no 8 de janeiro
1 de 1 Invasão do Planalto no 8 de janeiro - Foto: Reprodução

O depoimento de um servidor da PF que trabalhava no Planalto e presenciou a invasão do 8 de Janeiro desmente a conclusão de um inquérito militar que isentou as tropas de responsabilidade nos atos golpistas. O servidor narrou diversos momentos em que soldados do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), do Exército, confraternizaram com os invasores e agiram pacificamente.

O depoimento foi dado à PF em 11 de janeiro, três dias após o Planalto ser depredado. O funcionário trabalhava na Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial, que foi desfeita após a função ser delegada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No último domingo (30/7), a coluna mostrou que o servidor foi devolvido à PF.

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Manifestantes quebraram as janelas
Extremistas quebram móveis do interior do Palácio
Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio
Há gavetas reviradas e armários depredados
Congresso Nacional e STF também foram invadidos
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Extremistas conseguiram entrar no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023

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Manifestantes quebraram as janelas

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Extremistas quebram móveis do interior do Palácio

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Vídeo mostra estrago causado no interior do prédio

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Há gavetas reviradas e armários depredados

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Congresso Nacional e STF também foram invadidos

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Nesta segunda-feira (31/7), um inquérito policial militar aberto pelo Exército para investigar militares encarregados da segurança do Planalto apontou “indícios de responsabilidade” do GSI, como informou a repórter Thaísa Oliveira.

“Os militares estavam com equipamento antidistúrbio civil, mas não empregavam qualquer ação em face dos invasores. Alguns manifestantes estavam sentados em cadeiras, outros entravam e saíam do local [Planalto] tranquilamente, enquanto a tropa do BGP assistia a tudo pacificamente. Os manifestantes entravam e saíam do palácio, subiam e desciam os andares livremente”, afirmou o funcionário, acrescentando:

“A segurança do Planalto estava desmobilizada naquele dia, não havendo comando ou preparo dos militares no local. Os militares com os escudos apenas ficavam parados e outros militares, fardados ou com coletes do GSI, circulavam pelo local, conversavam com os manifestantes”.

Em outro trecho, o funcionário afirmou à Polícia Federal que ele mesmo ficou indignado com a passividade dos militares do Exército e passou a gritar para que os soldados tomassem alguma atitude contra os extremistas. Foi ignorado.

Esse relato é reforçado por diversos vídeos da invasão do Planalto. Em um deles, como mostrou a coluna, um comandante da Polícia Militar do DF deu 10 ordens em 40 segundos aos soldados do Exército. “Comanda a tua tropa, porra!”, berrou para o chefe do batalhão militar, que permaneceu apático.

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