metropoles.com

Denúncia a Bolsonaro por genocídio de indígenas está parada há 2 anos no STF

Em dezembro de 2022, o STF cancelou um pedido de destaque do julgamento do caso na pauta

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Bolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto e cumprimenta indígenas ligados ao  agronegócio. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Presidente Bolsonaro desce a rampa do Palácio do Planalto e cumprimenta indígenas ligados ao agronegócio. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A notícia-crime contra Jair Bolsonaro por genocídio de povos indígenas durante a pandemia está parada no Supremo Tribunal Federal desde março de 2021. Apresentada pelo advogado André Barros, a peça acusa o ex-presidente por vetos feitos contra indígenas e quilombolas em 2020.

A Funai atribui aos vetos de Bolsonaro o agravo na crise na terra indígena Yanomami, que chegou ao seu ápice no final da última semana. O Ministério da Saúde declarou estado de emergência na aldeia indígena.

Barros espera que o genocídio contra o povo Yanomami faça a notícia-crime finalmente entrar na pauta do STF. O ministro Edson Fachin pediu destaque para o processo na pauta, o que faria com que ele fosse julgado no plenário presencial, mas o pedido foi cancelado pelo próprio ministro em dezembro e poderá ser julgado no plenário virtual.

A notícia-crime aponta Bolsonaro como o responsável por mortes de indígenas por vetar o fornecimento de água potável, garantia de assistência médica, e distribuição de alimentos durante a pandemia. Os vetos foram publicados no Diário Oficial de 7 de julho de 2020 e, na visão de Barros, servem como prova do crime de genocídio.

(Atualização às 10h do dia 26 de janeiro de 2023: Em nota à coluna, a assessoria do Supremo Tribunal Federal informou que o pedido de destaque não se configura como um pedido de prioridade na pauta. O pedido de destaque serviu para fazer com que o processo fosse julgado de maneira presencial, mas nao foi incluído na pauta. Fachin, portanto, cancelou o pedido de destaque, permitindo assim que o processo seja julgado no plenário virtual.)

5 imagens
Indígena desnutrido em Roraima
Ao menos 570 crianças Yanomamis morreram por causas evitáveis durante os últimos 4 anos, segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara
Em visita aos Yanomamis, Saúde encontrou casos de malárias em crianças
Crianças Yanomamis
1 de 5

Ministério da Saúde decretou emergência de saúde pública em decorrência da situação dos Yanomamis em Roraima

Condisi
2 de 5

Indígena desnutrido em Roraima

Divulgação/Condisi-YY
3 de 5

Ao menos 570 crianças Yanomamis morreram por causas evitáveis durante os últimos 4 anos, segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara

Condisi-YY/Divulgação
4 de 5

Em visita aos Yanomamis, Saúde encontrou casos de malárias em crianças

Condisi-YY/Divulgação
5 de 5

Crianças Yanomamis

Condisi-YY/Divulgação

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?