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Demitido por apologia ao nazismo, Alvim lança livro sobre Renzo Gracie

Roberto Alvim, ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro, foi demitido após divulgar um vídeo em que fazia referências ao nazismo

atualizado

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1 de 1 Roberto-Alvim2 - Foto: Reprodução

Demitido do governo Bolsonaro em 2020 por emular um discurso nazista durante um vídeo institucional, o ex-secretário de Cultura Roberto Alvim fará na próxima segunda-feira (14/2) o seu retorno público com o lançamento de uma biografia sobre o lutador Renzo Gracie.

O livro, chamado Renzo Gracie: Uma Vida Heroica, será lançado pela editora Auster. A Auster confirmou a data de lançamento e a autoria do livro. O perfil de Alvim no site da editora informa que ele trabalha como diretor de teatro, dramaturgo, escritor e professor de Artes Cênicas, mas omite sua passagem pelo governo Bolsonaro.

Alvim foi demitido do governo ao citar falas do ideólogo nazista Joseph Goebbels. Assim como fez Goebbels, Alvim disse que a arte nacional deveria ser “heroica” e “imperativa”. Ironicamente, o ex-secretário repetiu o uso do termo no título da biografia sobre o lutador.

Renzo Gracie é um dos integrantes da tradicional família de lutadores brasileiros e um fiel apoiador de Bolsonaro. A afinidade entre os dois fez com que a Embratur concedesse a Renzo o título de embaixador do turismo em agosto de 2019.

livro Renzo Gracie Roberto Alvim

Já na função, Renzo gravou um vídeo dizendo que o presidente da França, Emmanuel Macron, tinha um “pescoço de franga” e que poderia agredi-lo.

Após a ameaça a Macron, usuários do Twitter recuperaram uma publicação feita em 2012 por Renzo com uma frase de Heinrich Himmler, chefe das forças nazistas da SS e um dos esponsáveis pelo Holocausto. “Minha honra é minha lealdade”, dizia a postagem.

Confrontado por internautas franceses sobre o significado da frase, usada como um lema pelas SS, Renzo afirmou: “Não é minha culpa que seus avós os deixaram marchar pelo seu país sem lutar. Foi isso que fez sua geração fraca votar no presidente [Macron]”. A resposta fazia alusão à ocupação da França pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Renzo também publicou que não sabia quem era o autor da frase, mas que gostava do significado.

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