Demissão de diretor-geral da PF pegou auxiliares de surpresa
Paulo Maiurino assumirá Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, cargo de menor expressão
atualizado
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A demissão do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, nesta sexta-feira (25/2), pegou de surpresa até auxiliares de Maiurino. Integrantes do gabinete do então chefe da PF não faziam ideia da iminente exoneração.
O espanto de pessoas próximas a Maiurino foi ampliado com o anúncio do ministro da Justiça, Anderson Torres, de que enviaria o diretor-geral da PF para um cargo muito menor no governo: secretário nacional de Drogas. Trata-se de uma secretaria sem holofotes do Ministério da Justiça e historicamente comandada por secretários discretos.
Como o comando da PF é um cargo estratégico para o governo, a regra é que seus diretores-gerais sejam avisados com antecedência de qualquer mudança em seus cargos. Em alguns casos, esses servidores ganharam funções no exterior. Foi o que aconteceu com Fernando Segóvia, chefe da PF durante o governo Temer, que tornou-se adido policial federal na embaixada brasileira em Roma.