Delegados vão questionar PF sobre mudança na Interpol
A Associação de Delegados da Polícia Federal questiona a saída de Dominique de Castro Oliveira, que trabalhou no caso Allan dos Santos
atualizado
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A Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) protocolará ainda hoje um ofício na PF questionando a saída da delegada Dominique de Castro Oliveira da unidade da Interpol no Brasil.
Para a entidade, falta clareza nos motivos alegados para a mudança. A PF justificou o remanejamento dizendo que falta pessoal na Superintendência Regional da PF no DF, local onde Oliveira passará a trabalhar. Com a saída da delegada, a Interpol ficará com apenas dois delgados, ante um efetivo de cinco em dezembro do ano passado.
De acordo com a carta de despedida da delegada, ela teria sido remanejada por ter feito algum comentário crítico sobre a atual gestão da PF que teria sido levado à direção do órgão. Ela não sabe, entretanto, que comentário poderia ser esse.
Além disso, interlocutores de Oliveira dizem que ela trabalhou na extradição do ativista bolsonarista, o que a PF nega. O caso já rendeu duas exonerações, uma no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça (DRCI) e outra na assessoria internacional do Ministério da Justiça.