Delegada do RJ presa com R$ 1,8 mi planejava concorrer a deputada
Adriana Belém é suspeita de favorecer máfias de caça níquel e queria ser candidata a deputada estadual pelo PSC
atualizado
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A delegada Adriana Belém, que foi presa nesta terça-feira (10/5) pela força-tarefa do caso Marielle Franco no Ministério Público do Rio de Janeiro, é filiada ao PSC e planejava ser candidata a deputada estadual pelo partido nas eleições de outubro.
Belém, que teve R$ 1,8 milhão em espécie encontrado em seu armário, foi candidata a vereadora pelo município do Rio em 2020 e teve 3.523 votos. As investigações do MPRJ apontaram que a delegada favorecia máfias de caça níquel do bicheiro Rogério de Andrade. O contraventor tinha ligações com a milícia de Ronnie Lessa, suspeito pelo assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
A delegada é famosa nas redes sociais por sua extravagância. Os dois milhões em dinheiro foram encontrados dentro de sacolas de bolsas de grife. O montante surpreendeu os promotores, que solicitaram máquinas de contar dinheiro para contabilizar os recursos apreendidos.
A prisão de dois agentes que trabalhavam com Belém por envolvimento com milicianos de Rio das Pedras, em janeiro de 2020, fez a delegada entregar o cargo de delegada titular da 16ª DP (Barra da Tijuca).
Desde agosto do ano passado, Belém trabalhava num cargo na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro. De acordo com o portal da transparência do município, o salário dela era de R$ 8.345,14. A prefeitura informou que a delegada será exonerada.