metropoles.com

Delator da Odebrecht diz que foi usado por Moro e Lava Jato

Ex-diretor de subsidiária da Odebrecht, Newton de Lima Azevedo Júnior quer anulação de todos os atos da Lava Jato contra ele

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
Newton Azevedo
1 de 1 Newton Azevedo - Foto: Reprodução

Um ex-diretor de uma subsidiária do grupo Odebrecht afirmou ao STF que sua delação premiada firmada com a Operação Lava Jato serviu somente para que procuradores da força-tarefa e o ex-juiz federal Sergio Moro, hoje senador pelo Paraná, perseguissem inimigos e se promovessem politicamente.

Os advogados de Newton de Lima Azevedo Júnior, ex-diretor da empresa da Odebrecht na área ambiental, apresentaram essa alegação a Dias Toffoli, ao pedirem ao ministro que estenda a Azevedo algumas decisões do STF contrárias à Lava Jato: declaração de parcialidade de Moro; suspensão de pagamentos previstos em acordos de leniência; e anulação de atos da Lava Jato.

Na petição a Toffoli, a defesa do delator citou mensagens hackeadas dos procuradores e disse ser “inquestionável” que seu acordo de colaboração foi um “instrumento” da Lava Jato para “perseguir inimigos, arrecadar dinheiro e promover carreiras políticas, tudo isso realizado de forma ilícita e em violação ao sistema acusatório”.

Uma das evidências disso, segundo os advogados, é que seu cliente sequer foi investigado e jamais foi processado na Lava Jato. Em sua delação, Azevedo citou suposto pagamento de propina da Odebrecht a André Luís de Souza, membro do comitê de investimentos do Fundo de Investimentos do FGTS, em troca de aportes de recursos do fundo na Foz do Brasil, que passou a se chamar depois Odebrecht Ambiental.

Na visão do delator, entre os “inimigos declarados” da Lava Jato e “perseguidos” pela operação está, é claro, a própria Odebrecht – que mobilizou um batalhão de 77 executivos, diretores e funcionários para relatar à Justiça centenas de casos de corrupção, registrados em áudio e vídeo.

Em tempo: ao anular todos os atos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht, há duas semanas, Dias Toffoli manteve a delação premiada do “príncipe dos empreiteiros”.

 

Já segue a coluna no Instagram? E no Twitter?

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?