Defesa de Adriana Belém diz que delegada corre perigo presa
“Cemitério de mulheres vivas”, diz defesa da delegada sobre sistema prisional do Rio de Janeiro
atualizado
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A defesa da delegada Adriana Belém, que foi presa no dia 10 de maio com R$ 1,8 milhão em espécie, alegou, no pedido de revogação da prisão de Belém, que a policial corre perigo na cadeia.
O documento assinado pelos advogados Luciana Pires, Sandra Almeida, Beatriz Streva e Alan Deodoro argumenta que especialistas consideram o sistema prisional do Rio de Janeiro “um verdadeiro cemitério de mulheres vivas”. E diz que o encarceramento de uma delegada no presídio feminino seria inédito.
“É desconhecido por todos os atores do sistema de Justiça a existência de encarceramento anterior de uma delegada de Polícia no sistema prisional do Rio, exatamente por absoluta incapacidade de garantia da segurança e integridade física cuja responsabilidade recai sobre o Estado”, diz o documento enviado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nessa quinta-feira (19/5).
A defesa de Belém alega também que a continuidade da prisão é “crueldade” com a delegada e que “será devidamente comprovada a licitude das quantias em dinheiro” encontradas no apartamento de luxo de Belém.
A delegada está no presídio de Benfica desde o dia 11 de maio. Belém é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de favorecer a máfia do bicheiro Rogério de Andrade.