Decisão de Toffoli que livrou Richa gera fila de pretendentes no STF
Nos últimos vinte dias, onze investigados em processos ligados a Richa pediram a Toffoli o mesmo tratamento
atualizado
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A decisão do ministro Dias Toffoli que determinou a “nulidade absoluta” de processos contra o ex-governador do Paraná e deputado federal Beto Richa, do PSDB, desencadeou uma verdadeira corrida de outros investigados em direção a Toffoli nos últimos dias.
Desde que o ministro mandou trancar as ações contra Richa nas operações Lava Jato, Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro, há vinte dias, nada menos que onze alvos das mesmas investigações já apareceram no mesmo guichê pedindo extensão de sua decisão.
As investigações contra Richa, em esfera federal e estadual, miravam supostos esquemas de corrupção em seus governos no Paraná, entre 2011 e 2018 – de obras em escolas a construção e recuperação de estradas. O deputado chegou a ser preso três vezes no âmbito das apurações, entre 2018 e 2019.
Toffoli as derrubou por considerar ilegal a atuação de procuradores da Lava Jato e do ex-juiz federal Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil paranaense. Para o ministro, foi “incontestável o quadro de conluio processual” entre os investigadores e o ex-juiz.
Entre os interessados em receber de Toffoli o mesmo tratamento estão o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado na Lava Jato como operador de dinheiro ilícito da Odebrecht; um ex-assessor de Richa, Ricardo Rached; e representantes de concessionárias rodoviárias como Carlo Alberto Bottarelli, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Carlos Lobato e Ruy Sérgio Giublin.