Daniel Silveira usava dinheiro vivo até para contratos na Câmara
Daniel Silveira pagou R$ 110 mil em dinheiro vivo a escritório que foi alvo do MPF; agora, PF achou R$ 270 mil na casa do bolsonarista
atualizado
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Preso nesta quinta-feira (2/2) com R$ 270 mil em dinheiro vivo em casa, o ex-deputado Daniel Silveira costumava pagar até despesas parlamentares com dinheiro em espécie. Em 2020, o bolsonarista pagou R$ 110 mil em espécie para um escritório de advocacia de sua cidade, Petrópolis (RJ), por um serviço que a própria Câmara presta.
Como a coluna mostrou na ocasião, Silveira e o advogado Samuel Maciel não apresentaram qualquer documento comprovando os serviços remunerados com dinheiro vivo de Silveira, que depois seria ressarcido com verba pública. O bolsonarista contratou a consultoria um dia antes de ela abrir as portas legalmente.
As transações fizeram com que Silveira se tornasse alvo de um inquérito do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro por suposta improbidade administrativa.
Nesta quinta-feira (2/2), Silveira foi detido em casa com R$ 270 mil, por ordem do STF. Desde outubro, o montante de dinheiro vivo dobrou, segundo Silveira informou à Justiça Eleitoral. Agora, a Polícia Federal apura a origem do dinheiro, e se a quantia foi usada para financiar os atos golpistas das últimas semanas.