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Daniel Silveira colocou tornozeleira na PF com blogueiro alvo do TSE

Com acesso livre ao governo Bolsonaro, Fernando Lisboa teve canais desmonetizados pelo TSE e foi alvo de uma operação da PF

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Daniel Silveira e Fernando Lisboa
1 de 1 Daniel Silveira e Fernando Lisboa - Foto: Reprodução

O deputado Daniel Silveira escolheu como acompanhante para colocar a tornozeleira eletrônica na PF um blogueiro alvo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que já foi investigado por ameaçar o STF. Antes de ir à PF com Silveira na quinta-feira (31/3), o ativista Fernando Lisboa esteve no gabinete do deputado na quarta-feira (30/3), quando o parlamentar se recusava a usar a tornozeleira e cumprir a ordem do ministro Alexandre de Moraes.

O blogueiro também foi alvo do STF, no Inquérito dos Atos Antidemocráticos, relatado por Moraes. Em julho, Lisboa pediu formalmente que Moraes devolvesse dois celulares que haviam sido apreendidos em uma operação da PF.

No mês seguinte, em agosto, Lisboa tornou-se investigado no TSE: teve sete canais em redes sociais desmonetizados por ordem do tribunal e a pedido da PF. O blogueiro foi afetado no Youtube, Facebook, Instagram, Twitter e Twitch.

Segundo o ministro Luis Felipe Salomão, então corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Lisboa e outros bolsonaristas “vêm obtendo vantagens financeiras mediante os já conhecidos e reiterados ataques infundados” às instituições da democracia.

Lisboa tem acesso livre ao governo Bolsonaro. Na quinta-feira (30/3), antes de ir à PF para que Silveira colocasse o monitoramento eletrônico, Lisboa foi ao Planalto com o deputado. Circulou na plateia ao lado de ministros. No ano passado, tomou café com Bolsonaro no Alvorada, além de ter visitado o gabinete presidencial no Planalto.

O blogueiro também estava no trio elétrico na Avenida Paulista em que Bolsonaro deu declarações golpistas no último 7 de Setembro.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

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