Cúpula do Twitter recebeu 7 mil e-mails cobrando ação contra fake news
Após pressões, Twitter criou opção para denunciar fake news no Brasil
atualizado
Compartilhar notícia
A pressão para que o Twitter combatesse a disseminação de fake news no Brasil incluiu o envio de pelo menos sete mil e-mails para seus executivos. Nesta segunda-feira (17/1), a rede anunciou que passou a testar no Brasil uma opção para denunciar fake news na plataforma.
“Com mais de 620 mil óbitos por Covid-19 e diante de eleições decisivas, o Brasil é, hoje, refém da desinformação descontrolada que encontra, no Twitter, espaço para disseminar teorias conspiratórias sobre a segurança da vacina”, dizia o texto, em português e inglês, disparado para a cúpula do Twitter sete mil vezes até esta segunda-feira (17/1).
O material é parte da campanha “Fake news mata”, organizada pelo movimento Sleeping Giants e perfis do Twitter como Tesoureiros do Jair, Desmentindo Bolsonaro e Camarote da República.
“No Brasil, o Twitter tem se eximido da responsabilidade de remover conteúdos e contas que violam as políticas da plataforma”, segue o e-mail.
Mais cedo, o Twitter anunciou que o Brasil foi adicionado aos países que testam uma opção para denunciar fake news na rede, inclusive sobre a pandemia. A função é testada em Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul, Espanha e Filipinas.
Na semana passada, também após ser cobrado, o Twitter avisou ao pastor Silas Malafaia que postagens dele contra a vacinação infantil seriam apagadas. Em um dos tuítes falsos, Malafaia associou a imunização a mortes de crianças. Com isso, Malafaia deletou os tuítes.