Delegados da cúpula da Polícia Federal reagiram ao pedido do delegado Alexandre Saraiva para que a corregedoria da corporação abra uma investigação contra o diretor da instituição, Paulo Maiurino, por suposto acúmulo de cargos.

Segundo esses policiais, Saraiva confundiu, de forma proposital, “cargo” com “função” para atacar Maiurino na imprensa e, com isso, tentar manter-se em evidência até às eleições. A cúpula da PF suspeita que Saraiva pretende se candidatar a deputado nas próximas eleições.

Alguns delegados dizem não entender o que chamam de “repentino oposicionismo político do delegado”. Lembram que, no início do governo Bolsonaro, Saraiva chegou a ser cotado para ministro do Meio Ambiente.

Procurado, Saraiva não negou nem confirmou desejo de se lançar deputado:

“Só faço ‘oposição’ contra quem comete crimes, como comprova a minha trajetória profissional. Faço oposição ao crime desde 2003. De mais a mais, política não é crime, crime é se vender”.

E disse que não chegou a ser cotado para ser ministro:

“Quanto a ter sido cotado pra ser ministro. O fato é que eu não fui. Na longa conversa que tive com o presidente ficaram evidentes grandes divergências de ideias”.

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.