metropoles.com

Cristiano Zanin se declara impedido de julgar caso sobre Odebrecht

Enquanto advogado, Cristiano Zanin conseguiu no STF anulação de provas da empreiteira contra Lula

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Cristiano Zanin ministro STF durante sessão invasão e depredação 8 de janeiro - Metrópoles
1 de 1 Cristiano Zanin ministro STF durante sessão invasão e depredação 8 de janeiro - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro Cristiano Zanin não participará do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, em um caso envolvendo suposto pagamento de propina a ele pela Odebrecht.

Zanin se declarou impedido de julgar o caso, que começou a ser analisado no plenário virtual do STF no dia 8 e irá até 18 de dezembro. A decisão do ministro não tem nada a ver com sua amizade com o presidente Lula ou o bolsonarismo de Nogueira, ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro.

O motivo pelo qual Cristiano Zanin se retirou do julgamento é o de que ele, enquanto advogado de Lula, foi o responsável pela tese jurídica que levou à anulação de provas do acordo de leniência da Odebrecht contra o petista – depois, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli estenderam o entendimento a outros políticos e Toffoli, mais recentemente, anulou todas as provas.

A validade das provas da leniência da empreiteira vem a ser, exatamente, um dos pontos considerados no caso contra Ciro Nogueira. A defesa dele já havia alegado ao STF que os sistemas da Odebrecht para contabilizar pagamentos ilícitos haviam sido considerados nulos pela Corte, a partir da ação movida por Zanin.

A propósito, como havia publicado a coluna, Ciro Nogueira caminha para uma vitória tranquila neste julgamento. Ele havia sido denunciado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação imputou a ele ter recebido, por meio de um assessor, R$ 7,3 milhões ilícitos da empreiteira baiana.

Depois de a Procuradoria-Geral da República voltar atrás na denúncia — citando, inclusive, a nulidade das provas da Odebrecht —, o relator do inquérito, Edson Fachin, votou por rejeição da acusação.

Seguiram o entendimento de Fachin, até agora, os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Com uma cadeira ainda vaga no STF e Zanin impedido, restam nove votos em aberto no julgamento. Deste modo, bastam mais dois ministros alinhados a Fachin para que Nogueira consiga maioria a favor do arquivamento.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?