CPMI pretende usar esposa de Mauro Cid como elemento de pressão
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro preso, prestará depoimento à CPMI do 8 de Janeiro na próxima terça-feira (11/7)
atualizado
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Governistas definiram uma estratégia para fazer com que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro preso, não fique em silêncio em depoimento à CPMI do 8 de Janeiro na próxima terça-feira (11/7). Cid obteve no STF o direito de não responder a perguntas que o incriminem.
Durante a sessão, parlamentares do governo Lula pretendem dizer a Cid que pedirão a convocação de sua mulher, Gabriela Cid, caso ele não responda aos questionamentos da comissão. Cid jamais deu declarações públicas. Mauro e Gabriela são investigados pela Polícia Federal (PF) por fraudar dados de vacinação contra a Covid.
O casal também está na mira da PF por uma suposta articulação golpista do 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram saqueadas. Em mensagens, Gabriela Cid incentivou atos golpistas na frente de quartéis. “Não estamos mais em tempo de brincadeira. Muita gente!!!!! Junte-se a nós nessa guerra”, escreveu.
Caso a CPMI decida mesmo convocar Gabriela Cid, o processo pode ser rápido: o pedido de convocação já foi protocolado há um mês pela ala governista do colegiado, quando as mensagens de teor golpista vieram a público.