Cotado para secretário do DF foi investigado por fraudar ponto no STJ
Cláudio Tusco foi sondado pelo PT para se tornar secretário de segurança
atualizado
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O delegado da Polícia Federal Cláudio Tusco, sondado pelo PT para se tornar secretário de segurança do Distrito Federal, teria ajudado a fraudar o ponto de um servidor do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo o processo na Corte sobre o caso.
Tusco nega a acusação e diz que o inquérito criminal contra ele devido ao ocorrido foi arquivado pela Polícia Federal.
Em 2008, o STJ demitiu o servidor Joás Barbosa Gomes após um processo disciplinar concluir que ele emprestava sua senha a Tusco, seu ex-colega, para que ele batesse o ponto em seu nome e gerasse mais horas extras.
Joás atuava na área de tecnologia de informação do STJ. Cláudio, na época, já era ex-servidor da Corte, onde também trabalhou com TI.
“O impetrante (Joás) efetivamente disponibilizou sua senha de ingresso nos sistemas eletrônicos deste Tribunal a terceiro estranho aos quadros do Tribunal, Sr. Cláudio Tusco, à época, ex-servidor”, diz o acórdão do STJ sobre o caso.
“Justamente no horário que o Senhor Tusco estava manipulando o computador do acusado, o ponto foi assinado, levando à ilação de que foi o próprio quem o assinara, valendo-se da senha do servidor Joás.”
A Corte concluiu que os horários em que havia marcações indevidas para Joás correspondiam a quando Tusco estava no prédio.
Procurado, Joás Barbosa Gomes disse que não poderia comentar o caso, pois ele ainda está judicializado. Ele diz que se trata de uma “injustiça” e espera que a punição que sofreu “seja revertida o quanto antes”.