Coronel que foi alvo da PF vai acompanhar Bolsonaro na posse de Milei
Marcelo Costa Câmara, que também comandava a chamada “Abin paralela”, vai viajar ao lado de Bolsonaro à Argentina
atualizado
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A comitiva bolsonarista que viajará à Argentina para a posse do novo presidente do país, Javier Milei, vai incluir um antigo assessor de Jair Bolsonaro nos tempos de Palácio do Planalto, investigado pela Polícia Federal.
Trata-se do coronel Marcelo Costa Câmara, alvo de busca e apreensão da PF na Operação Venire, em maio. A ação foi deflagada por ordem do STF, no âmbito das apurações sobre fraudes no cartão de vacinação de Bolsonaro e sua filha, Laura, entre outros.
Costa Câmara também admitiu em depoimento à PF ter sido um dos responsáveis por cuidar de dois kits de joias sauditas que o ex-presidente mantinha na fazenda do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, em Brasília.
Ex-assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro, o militar também se tornou conhecido por ser o responsável pela chamada “Abin paralela”, serviço de inteligência paralelo do Planalto, onde conduziu investigações e fez dossiês que causaram a demissão de ministros.
Foi o próprio Bolsonaro quem informou ao STF sobre a presença de Marcelo Câmara na viagem à Argentina. O ex-presidente enviou nesta terça-feira (5/12) informações à Corte sobre sua ida à posse de Milei.
Ele e o militar se sentarão em poltronas próximas nos voos que farão o percurso de ida e volta por Brasília-Guarulhos-Buenos Aires. As passagens aéreas dos dois, com ida na quinta-feira (7/12) e volta na segunda (11/12), custaram R$ 6,7 mil cada.