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Copo Stanley: os problemas que levaram clientes à Justiça contra marca

Copos Stanley viraram febre de consumo no Brasil e no mundo nos últimos anos, com atributo de conservar temperatura de bebidas

atualizado

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Copos Stanley
1 de 1 Copos Stanley - Foto: Divulgação

Desde que se tornaram febre de consumo no Brasil nos últimos anos, assim como no mundo todo, por conservarem a temperatura de bebidas por longos períodos, os copos e garrafas Stanley têm sido motivo de ações judiciais de consumidores descontentes com os produtos ou a entrega deles.

A coluna levantou casos de processos de clientes brasileiros contra a PMI South America Consumer Goods, fabricante dos produtos Stanley no país, que vão desde reclamações quanto ao principal atributo dos copos térmicos — a manutenção da temperatura de líquidos – a entregas erradas e com meses de atraso.

Na maioria das ações, a companhia foi condenada a indenizar os consumidores por danos morais.

Veja abaixo alguns casos:

Gelado por menos de cinco horas

Em novembro de 2023, uma mulher do Rio de Janeiro comprou uma garrafa térmica da Stanley por R$ 138,85, convencida pela propaganda de que ela manteria líquidos gelados por 12 horas. Ele alegou que isso não era verdade, porque a temperatura baixa não seria conservada nem por cinco horas. A Stanley trocou o produto, mas a consumidora afirmou que o problema continuou e decidiu buscar o Juizado Especial Cível de Mesquita (RJ) pedindo a restituição do valor e indenização por danos morais.

A Justiça considerou que caberia à empresa comprovar que coletou, analisou e testou o produto, mas isso não foi feito, não tendo ficado provado na ação se a garrafa mantém, de fato, o líquido gelado por 12 horas.

Em uma sentença homologada em abril de 2024, o Juizado determinou que o valor da compra fosse devolvido, além do pagamento de R$ 2 mil em indenização.

Compra de Natal entregue a tempo… do Carnaval

Entre os processos, há também ações na Justiça por atraso nas entregas dos copos Stanley. Em um deles, uma mulher do Rio de Janeiro processou a PMI por ter comprado por R$ 132, em dezembro de 2022, um copo para armazenar cerveja. A intenção dela era dá-lo como presente no Natal daquele ano. Sem que o produto tenha sido entregue e após diversas reclamações, no entanto, ela entrou com a ação em 25 de janeiro de 2023. O copo só foi entregue em 8 de fevereiro, quase dois meses depois da compra. Ou seja: se a ideia era dar um presente de Natal, o produto só chegou pouco antes do Carnaval.

Em março de 2023, o 16º Juizado Especial Cível da Regional de Jacarepaguá determinou que a empresa pagasse R$ 1 mil em danos morais à consumidora.

Garrafa preta trocada por copo verde

Há também quem tenha alegado à Justiça problemas envolvendo entregas erradas de produtos Stanley. Uma mulher do Mato Grosso entrou com uma ação por ter comprado uma garrafa térmica preta, em 24 dezembro de 2022, para presentar o pai, mas recebido um copo Stanley na cor verde.

A cliente cobrou a empresa, que ficou de lhe enviar um código para troca do produto, mas não teve retorno. O erro só foi desfeito em 17 de fevereiro, quase dois meses após a compra, quando a garrafa foi, enfim, entregue.

Em maio de 2023, a PMI foi condenada no 8º Juizado Especial Cível de Cuiabá a pagar indenização de R$ 2 mil por danos morais à cliente.

Garrafas atrasadas e sem nomes gravados

Entre os casos levantados pela coluna, também há alegações de falhas que unem atraso e erro na entrega dos produtos. Um homem de São Paulo adquiriu em 13 setembro de 2022 duas garrafas pelo site da Stanley, por R$ 441. A previsão de entrega era de oito dias úteis, mas os produtos só teriam chegado à casa dele em 11 de outubro — e sem a personalização das garrafas, nas quais ele havia pedido que fossem gravados nomes. Dois dias depois, o erro foi reparado.

Em setembro de 2023, quase um ano após a compra, o Juizado Especial Cível e Criminal de Tatuí (SP) ponderou que, embora a empresa tenha resolvido o problema, o consumidor passou por “aborrecimentos” e deveria ser indenizado em R$ 1 mil por danos morais.

Copos e garrafas não entregues

A Justiça brasileira recebeu ainda reclamações de consumidores pelo não recebimento de garrafas e copos Stanley comprados.

Foi o caso de um homem do Paraná, que gastou R$ 698 em quatro copos e um caneco para cerveja em 20 de novembro de 2020. A ideia era presentear familiares no Natal, mas as compras não chegaram. Em janeiro de 2021, ele acionou o Juizado Especial Cível de Apucarana (PR), que mandou a empresa entregasse os produtos em um prazo de 15 dias, sob pena de multa de R$ 5 mil, além de R$ 3 mil por danos morais. Em novembro de 2021, um ano depois da compra, os valores foram bloqueados na conta da PMI e penhorados.

Em março de 2024, um consumidor de São Paulo foi à Justiça alegando não ter recebido duas garrafas térmicas Stanley, pelas quais pagou R$ 255 em novembro de 2023. Nesta quinta-feira (5/9), dez meses depois da compra, o Juizado Especial Cível de Santo André (SP) determinou que os produtos sejam enfim entregues, sob pena de uma multa a ser fixada. A empresa alegou no processo que procurou o consumidor para providenciar a entrega ou estorno, mas não foi respondida. Neste caso, não houve condenação a indenização.

 

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