Coordenadora de Infraestrutura diz que Lula dará relevância para PPPs
A ex-ministra Miriam Belchior confirmou que Lula terá um plano de parcerias público-privadas (PPPs) para substituir o modelo de concessões
atualizado
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A ex-ministra Miriam Belchior afirmou, nesta quinta-feira (8/12), que o terceiro mandato de Lula terá uma política de parcerias público-privadas (PPPs) para substituir o modelo de concessões vigente no país.
Belchior é a coordenadora do grupo de trabalho da Infraestrutura na transição de governo. Ela esteve no lançamento do movimento MoveInfra, em um painel que reuniu o presidente do TCU, Bruno Dantas, o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
“Na parceria com o setor federal, acreditamos que não falta muito para não ser mais possível fazer concessões no estilo que temos feito hoje. Acredito que temos de caminhar progressivamente para a modalidade de PPP ganhar relevância. Vai começar a ser difícil alguns trabalhos pararem de pé como concessões”, disse Belchior.
“Isso significa uma parceria cada vez maior com o setor privado. Não só com os grandes players, mas também com players médios entrando. Sabemos da dificuldade que as últimas concessões tiveram com o número reduzido de participantes”, acrescentou a ex-ministra.
Belchior disse que o governo Lula retomará o papel do BNDES como um “banco de desenvolvimento” e que haverá uma política de investimento público em infraestrutura para dar “mais confiança para o privado investir”.
A ex-ministra afirmou que o grupo da transição está trabalhando na emenda orçamentária para distinguir na LOA de 2023 quais serão os recursos aplicados em transportes, em energia e na área de infraestrutura urbana, com a volta do Minha Casa, Minha Vida e com obras de saneamento básico.
Ela não detalhou qual seria a projeção de recursos ideal para tocar as obras que estarão sob o guarda-chuva do Ministério da Infraestrutura e do Ministério das Cidades. Disse, apenas, que o orçamento previsto com a aprovação da PEC da Transição “é substancialmente maior” em relação ao que as duas pastas teriam hoje.