Convidado por cardeal, André Mendonça é alvo de protesto na PUC-Rio
Estudantes da PUC-Rio colaram cartazes que afirmavam que o “ministro do Bolsonaro” não era bem-vindo na PUC
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça foi alvo de um protesto de estudantes da PUC-Rio na segunda-feira (23/9). A convite da Arquidiocese do Rio, o ministro deu uma aula magna sobre “educação, responsabilidade e dignidade humana”.
Os estudantes da universidade colaram cartazes que afirmavam que o “ministro do Bolsonaro” não era bem-vindo na PUC e pediram “uma aula magna que represente os estudantes”.
No Instagram de um centro acadêmico da PUC, estudantes disseram que a aula foi reservada para convidados de fora da faculdade e poucos alunos, e que não foi aberta para perguntas. Segundo a postagem, três alunos foram pré-selecionados para fazer perguntas.
Em uma carta-convite à comunidade universitária, o Cardeal Orani João Tempesta informou que o evento seria uma “oportunidade de reflexão fecunda e frutuosa para todos os participantes, de modo que prossigamos pautados por nobres valores e a sabedoria do Evangelho em nossa vivência educativa e social”.
A ida de André Mendonça foi, de certa maneira, um contraponto à visita do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em março deste ano, à universidade. Na ocasião, Barroso causou um incômodo na Arquidiocese do Rio de Janeiro ao defender a descriminalização do aborto. Estava na palestra de Barroso o segundo bispo na hierarquia da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antonio Augusto, integrante da Opus Dei, ala ultraconservadora da Igreja.
Em nota, a PUC-Rio disse que a universidade “defende a democracia e a pluralidade de ideias e opiniões, mas mantém-se apartidária”. Leia abaixo a íntegra da nota da PUC-Rio.
“A Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) defende a democracia e a pluralidade de ideias e opiniões, mas mantém-se apartidária.
Durante a Aula Magistral do ministro André Mendonça, em 23/9, alguns estudantes tiveram a oportunidade de se manifestar, fazendo-o de forma respeitosa e tranquila; da mesma forma, o ministro manteve um debate cordial diante das críticas, respondendo de forma educada e cortês, ficando preservado na universidade um ambiente de diálogo e democracia”.
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