Cônsul do Brasil em Nova York decide tirar licença do Itamaraty
A Cônsul do Brasil em NY, Maria Nazareth Farani de Azevêdo, foi comunicada pelo Itamaraty que será removida do cargo nos próximos dias
atualizado
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A Cônsul do Brasil em Nova York, Maria Nazareth Farani de Azevêdo, foi comunicada pelo Itamaraty que será removida do cargo nos próximos dias, e decidiu licenciar-se do ministério.
Lelé, como é conhecida, decidiu pela licença para poder acompanhar o marido, o diplomata aposentado Roberto Azevêdo, que foi presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC) e é, atualmente, Vice Presidente Global para Assuntos Corporativos da PepsiCo, e mora em Nova York.
A embaixadora foi nomeada por Jair Bolsonaro para chefiar o consulado em janeiro de 2021 e passou a ser tachada de “bolsonarista” após uma discussão pública com Jean Wyllys na ONU, em 2019, quando ela chefiava a Missão do Brasil em Genebra.
Na ocasião, rebateu críticas que o ex-deputado fazia ao governo Bolsonaro. Willys havia sido convidado a falar sobre o populismo no Brasil e foi interrompido pela embaixadora, que afirmou que Bolsonaro não tinha deixado o país, mesmo depois de sofrer um atentado — em uma referência indireta ao deputado, que fugiu do país alegando sofrer ameaças constantes.
Contudo, durante sua atuação em Genebra, Lelé teve embates com o governo Bolsonaro ao insistir na entrada do Brasil no consórcio Covax Facility, de produção global de uma vacina, apesar da resistência do governo Bolsonaro.
Lelé rebate a acusação de ser bolsonarista, e costuma dizer que, como servidora pública, atua em nome do Estado e não de governos.