Conselhos de direitos humanos repudiam estímulo a crimes políticos
Documento foi assinado por representantes do MPF, Defensoria Pública da União e Congresso; petista foi morto por bolsonarista no sábado
atualizado
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Representantes de quatro instituições federais voltadas para a proteção dos direitos humanos assinaram nesta terça-feira (12/7) uma carta em que repudiam crimes motivados por violência política e criticam autoridades que estimulam atentados políticos e outros atos de desobediência às regras eleitorais.
O documento foi assinado pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC/MPF), pela Defensoria Nacional de Direitos Humanos (DNDH/DPU) e pela presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM).
A divulgação da carta foi motivada pelo assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, ocorrido no sábado (9/7), durante sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu (PR). O crime foi cometido por um policial bolsonarista que reprovou o tema da comemoração, dedicado a Lula e ao PT.
Sem citar Jair Bolsonaro, as instituições disseram que “o ambiente hostil que se tem visto nesse período eleitoral não pode ser incentivado por condutas e discursos que propiciam o armamento da sociedade, estimulam a desobediência às regras eleitorais, levantam suspeitas sobre a segurança das urnas e buscam transformar adversários políticos em inimigos a serem eliminados”.
O documento disse ainda que o assassinato de Marcelo Arruda possui “fortes indícios de que se trata de crime de ódio e violência política”.
URGENTE: Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram momento em que tesoureiro do PT é morto a tiros em Foz do Iguaçu.
Ao ser atacado, Marcelo Arruda se defende e atinge Jorge José da Rocha Guaranho.
⚠️ As imagens são fortes ⚠️ pic.twitter.com/FDOPtsdfRV
— Metrópoles (@Metropoles) July 10, 2022