Conheça os presos por divulgar fake news em campanhas eleitorais no RJ
Polícia Federal prendeu os líderes de quadrilha que espalha fake news para interferir em eleições de cidades do Rio de Janeiro
atualizado
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A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (12/9) quatro pessoas suspeitas de serem líderes de uma organização criminosa especializada em espalhar fake news para influenciar nas eleições de prefeituras do Rio de Janeiro. Entre os presos, há ex-secretários municipais.
Bernard Rodrigues Soares, um dos presos, foi secretário de Comunicação e Eventos durante a gestão do atual prefeito de São João de Meriti, João Ferreira Neto. Ele também chegou a ser condecorado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Por sugestão do deputado Valdecy da Saúde, Soares recebeu uma moção de aplausos e congratulações.
Outro preso foi Roberto Pinto dos Santos, que já foi condenado a 18 anos de prisão por fraudes na prefeitura de Mangaratiba. Ele foi secretário de Comunicação da cidade à época em que Evandro Capixaba era prefeito. Os dois e outros servidores foram condenados em 2016 por fraude em licitações, falsificação de documentos e desvio de dinheiro.
O terceiro preso foi Ricardo Henriques Patrício Barbosa. Ele foi secretário parlamentar de Sandro Matos, quando ele era deputado federal. E também teve cargo na Secretaria de Cultura de São João de Meriti, quando Matos foi prefeito da cidade.
O último preso foi André Luiz Chaves da Silva.
Segundo a PF, a quadrilha atua desde 2016 e já tentou influenciar eleições nos municípios de Araruama; Belford Roxo; Cabo Frio; Carapebus; Guapimirim; Itaguaí; Itatiaia; Mangaratiba; Miguel Pereira; Paracambi; Paraty; Saquarema e São João de Meriti.
Segundo as investigações, a organização tinha coordenadores responsáveis por contratar pessoas que passavam a transitar em espaços de grande circulação como pontos de ônibus, filas de banco, padarias, bares e mercados, com o intuito de disseminar informações falsas, para beneficiar o candidato que contratou a quadrilha.
Cada contratado recebia a quantia de R$ 2 mil ao mês. Já os coordenadores ganhavam R$ 5 mil. Os envolvidos eram empregados em cargos de comissão nas prefeituras. No ano eleitoral, eles eram exonerados e substituídos por laranjas.
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