Após anulação de caso de propina na Olimpíada, Nuzman volta à cena
Nuzman, que foi condenado por comprar com propina voto para Rio sediar Olimpíada, teve sua condenação na Lava Jato anulada
atualizado
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Livre das acusações na Justiça, Carlos Arthur Nuzman voltou a circular pelo ambiente esportivo. O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) esteve no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, durante algumas partidas do Brasil na Liga das Nações, que aconteceram nas últimas duas semanas.
O vôlei é um ambiente familiar para Nuzman. Antes de assumir o COB, em 1995, ele presidiu a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por 20 anos.
Sua primeira aparição pública, após ser acusado e condenado pela Lava Jato do Rio de Janeiro, foi no ano passado, na inauguração da nova sede da CBV.
Nuzman foi denunciado no âmbito da Operação Unfair Play, que aconteceu em 2017. Ele foi acusado de ter subornado integrante do Comitê Olímpico Internacional para que o Rio de Janeiro fosse escolhido como sede dos jogos de 2016.
Ele chegou a ficar preso por 15 dias, mas foi solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No final de 2021 ele foi condenado a 30 anos de prisão por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Em março deste ano, a Justiça Federal anulou a condenação de Nuzman. Os desembargadores da Primeira Turma do TRF-2 entenderam que o juiz Marcelo Bretas não tinha competência para julgar o caso.
Todo o julgamento será reiniciado na Vara da Justiça Federal adequada para analisar o caso, a 10ª. Nuzman, aos anos, não responderá pelos supostos crimes porque, por ter mais de 80 anos, tudo já prescreveu.