Condenado por estelionato, presidente da OAB-TO tenta reeleição
Em junho, Gedeon Pitaluga foi condenado por usar documentos falsos para obter fortuna de milionária que morreu sem deixar herdeiros
atualizado
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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Tocantins, Gedeon Pitaluga Júnior, tentará a reeleição quatro meses após ter sido condenado por estelionato. A eleição será no mês que vem. Em junho, a Justiça Federal no Tocantins condenou Pitaluga a 3 anos e meio de prisão, em regime inicialmente aberto, por usar documentos falsos para obter uma fortuna de uma milionária que morreu sem deixar herdeiros.
Segundo o MPF, em 2006 Pitaluga e o advogado Geraldo Bonfim tentaram acessar o espólio de Eglantina de Lima, alegando que representavam Paulo Lima, o filho da milionária, que nunca existiu. Eglantina não deixou herdeiros. Funcionários do Banco do Brasil desconfiaram dos documentos e acionaram a PF.
À época, as contas bancárias de Eglantina tinham cerca de R$ 1,6 milhão. Desse total, ainda de acordo com os investigadores, os advogados conseguiram movimentar R$ 495 mil.
Atualmente, Pitaluga é investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por participação em um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins.
Procurado, Gedeon Pitaluga afirmou que sua condenação foi uma “incontestável tentativa de criminalizar o exercício da advocacia”. Disse ainda que recebeu um parecer favorável do MPF em terceira instância. O advogado também declarou que a investigação da venda de sentenças busca intimidar sua ação à frente da OAB-TO.