Conar está perdido diante das publis de crianças sobre jogos de azar
Velocidade das publis de jogos de azar feitas por crianças e adolescentes nas redes sociais é superior ao poder de fiscalização do Conar
atualizado
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O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) avisou ao Ministério da Fazenda que não tem poder de fiscalização suficiente para conter as propagandas de jogos de azar feitas por crianças e adolescentes.
Conselheiros envolvidos com o assunto disseram ao governo federal que a velocidade das postagens nas redes sociais é muito superior à capacidade do Conar de determinar a derrubada dos conteúdos.
O Conar já tem monitorado uma lista de influenciadores mirins que postam esse tipo de publicidade de forma recorrente.
No último dia 7, a 2ª Câmara do Conar suspendeu propagandas divulgadas nos stories de uma criança que tem mais de 500 mil seguidores no Instagram. O influenciador, famoso por publicar vídeos de danças, havia feito publicidade de uma plataforma chamada Sambawin, que oferece diversos jogos de azar online mediante depósitos em dinheiro. O anunciante e os pais do influenciador foram advertidos pelo Conar.
O Conselho divulgou, em novembro, uma série de recomendações para empresas de apostas esportivas veicularem publicidade na internet e em outros meios de comunicação. A lista foi desenvolvida em parceria com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Entre as medidas estava o veto à participação de menores de idade em anúncios do segmento, “quer como modelo nas publicidades, que como público destinatário”.