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Companhia de teatro brasiliense leva peça de Tchekhov à Rússia

“Júpiter e a gaivota. É impossível viver sem o teatro” é releitura do grupo teatral Setor de Áreas Isoladas de peça de Tchekhov

atualizado

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Júpiter é a Gaivota
1 de 1 Júpiter é a Gaivota - Foto: Divulgação

A companhia de teatro brasiliense Setor de Áreas Isoladas vai levar a São Petersburgo, na Rússia, a peça “Júpiter e a gaivota. É impossível viver sem o teatro”. O grupo se apresenta nos dias 20 e 21 de setembro no Teatro Alexandrinsky. O espetáculo é uma releitura da obra “A gaivota”, de Anton Tchekhov (1860-1904).

A peça é dirigida e idealizada por Ada Luana, cocriadora da companhia. Ela vai levar ao público um olhar mais feminista, contemporâneo e brasileiro sobre a obra de Tchekhov.

O enredo da peça se passa durante as férias de verão de uma família em uma casa de campo, quando a morte de uma gaivota traz aos personagens reflexões e dilemas sobre temas como vocação e amor. Na releitura do espetáculo, o grupo propõe decifrar enigmas que, na peça original, são lançados aos espectadores.

Anton Tchekhov estreou “A gaivota” em 1896, por coincidência na mesma cidade, teatro e palco nos quais a companhia brasiliense vai se apresentar, 128 anos depois.

“A estreia desta peça foi um fracasso, porque o público não entendeu a história. Ela tem uma dramaturgia um pouco mais ousada e traz personagens femininas polêmicas para a época. Como o público não recebeu o espetáculo muito bem, ficaram falando e vaiando durante a performance”, disse a diretora à coluna.

Ada Luana relembrou que, em consequência da má recepção dos espectadores, Tchekhov se retirou ainda durante o intervalo da apresentação e, em casa, escreveu uma carta a um amigo dizendo que jamais se arriscaria a escrever outra peça. Dois anos depois, contudo, os diretores do Teatro de Arte de Moscou pediram ao dramaturgo que “A gaivota” fosse apresentada na abertura do local. Na segunda vez, foi um sucesso.

“Nossa companhia já se apresentou com uma outra peça em Moscou, no ano passado. Fomos conhecer esse famoso teatro e vimos que “A gaivota” se tornou um símbolo do lugar. Até hoje estão lá as cortinas originais com uma gaivota estampada”, contou.

A companhia Setor de Áreas Isoladas foi formada por Ada Luana e colegas da UnB em 2008 e se consolidou em Brasília entre 2009 e 2012. O grupo já passou por diversos teatros brasileiros e participou de festivais nacionais e internacionais, em países como Estados Unidos e Rússia.

 

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