As pesquisas eleitorais em São Paulo têm mostrado a Guilherme Boulos que, em meio à situação difícil para ele nos levantamentos, uma fatia nada desprezível do eleitorado de seu principal cabo eleitoral, Lula, pende para seu adversário na corrida paulistana, o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

No mais recente Datafolha, foi de 26% a proporção de eleitores que votaram no presidente no segundo turno de 2022 e disseram optar por Nunes na eleição deste ano. Boulos ficou com 65% do eleitorado de Lula no levantamento — entre eleitores de Jair Bolsonaro, a proporção foi de 83% para o emedebista e 5% no psolista.

Aliados de Boulos traçam um perfil desses eleitores de Lula que preferem o prefeito. Essas avaliações consideram que não se trata de um eleitor efetivamente “de Lula”, mas paulistanos essencialmente centristas, moderados e pragmáticos, que não relacionam o plano nacional com o municipal e têm se guiado, assim como em 2022, pela rejeição ao outro candidato.

Ou seja: votaram no Lula da “frente ampla” em 2022 para evitar Jair Bolsonaro e fazem o mesmo em 2024 para evitar Guilherme Boulos, pouco importando se Bolsonaro apoia Nunes e Lula pede votos para Boulos.

Faltando uma semana para o segundo turno, o psolista teria agendas de rua com o presidente. Neste sábado (19/10), estavam previstas duas “caminhadas da virada” com Lula nas zonas sul e leste de São Paulo, que foram canceladas em razão das chuvas na cidade. Boulos participará de gravações com o petista.

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