Como a PF viu o depoimento do acusado de planejar morte de Marielle
Rivaldo Barbosa, apontado pela PF como autor intelectual da morte de Marielle, foi ouvido pelos investigadores na última segunda-feira
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal achou inconsistente o depoimento do delegado Rivaldo Barbosa, apontado como autor intelectual do assassinato de Marielle Franco. Na visão dos investigadores da PF, todos os argumentos de Rivaldo para negar sua participação no crime são refutáveis.
Rivaldo implorou a Alexandre de Moraes para ser ouvido pela PF. O ministro do STF determinou que a oitiva fosse no dia 3 de junho.
Após o depoimento de Rivaldo, uma desembargadora e uma policial civil se apresentaram à Polícia Federal para rebaterem a fala do delegado.
Em seu depoimento, Rivaldo Barbosa disse que dois delegados federais, Fábio Galvão e Jaime Cândido, foram até a desembargadora Gilzelda Leitão e a informaram que o delegado deixaria o cargo: “Que antes do dia 13 de julho de 2018, soube que delegados foram até a desembargadora Gizelda Leitão e a informaram que o declarante cairia do cargo.”
Na quinta-feira (6/6), a desembargadora foi espontaneamente à PF para dizer que “jamais tratou com os dois delegados acerca de qualquer assunto que não envolvesse investigação”.
A inspetora Marcela Ribas também procurou a PF para se contrapor à declaração de Rivaldo à PF. Em seu depoimento, Rivaldo disse que a policial foi informada durante um almoço que haveria a intenção dos delegados em prejudicá-lo “naquele negócio das empresas”.