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Como a PF descobriu quem adulterou o cartão de vacina de Bolsonaro

Servidora de Duque de Caxias (RJ) inseriu registros falsos no sistema para Cid e para Bolsonaro

atualizado

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Agentes da PF na casa de Bolsonaro
1 de 1 Agentes da PF na casa de Bolsonaro - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A adulteração do cartão de vacina de Jair Bolsonaro foi descoberta a partir da quebra de sigilo de mensagens do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid no inquérito das milícias digitais, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Cid trocou mensagens pedindo a contatos que fosse inserido um registro falso de vacinação para ele e para sua esposa, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, no sistema da prefeitura de Duque de Caxias (RJ).

Ao se deparar com essas mensagens, a Polícia Federal levantou os registros de Cid e descobriu uma adulteração feita por uma servidora da prefeitura, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva. A partir daí, a investigação apurou que a mesma servidora, alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (3/5), havia também alterado o registro do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Registros na Rede Nacional de Dados em Saúde apontavam que Bolsonaro teria se vacinado em 13 de agosto e em 14 de outubro de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

Logo antes da viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos, em 27 de dezembro, Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva excluiu essa informação do sistema, registrando que teria acontecido um “erro”.

A investigação da PF aponta que tanto a inserção desses registros como sua retirada foram realizados por uma organização criminosa que adulterava dados de vacinação no SUS.

As mensagens revelam ainda que a ponte entre os servidores de Duque de Caxias que participavam do esquema criminoso e os integrantes do governo federal que queriam adulterar seus registros de vacina foi feita por meio do ex-vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano.

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