Como a bomba caseira em ato de Lula foi vista pela cúpula do PT
A bomba estourou minutos antes de Lula subir no palanque; À pessoas próximas, o ex-presidente confidenciou estar nervoso para o ato político
atualizado
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A cúpula do PT viu o episódio da bomba caseira jogada no evento de Lula no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (7/7), como uma demonstração de vulnerabilidade na segurança dos eventos do ex-presidente.
O local do evento, na Cinelândia, no Centro do Rio, foi cercado por placas metálicas e, na entrada, o público deveria passar por inspeções manuais e detectores de metais. A bomba caseira, feita de fezes e urina, contudo, foi arremessada de fora para dentro, por cima das placas que cercavam o local.
O artefato estourou minutos antes de Lula subir no palanque do ato político. No momento dos estampidos, a equipe que já estava posicionada no palco pediu para que todos ficassem calmos, mas, nos bastidores, o clima foi de tensão.
Lula havia passado o dia todo nervoso com o ato público no berço do bolsonarismo. A pessoas próximas, o ex-presidente confidenciou temer pela sua segurança e das pessoas presentes. O petista subiu no palanque usando um colete à prova de balas e foi orientado a não passar de uma marc ação vermelha no palco.
As lideranças afirmaram estar “muito preocupadas” e disseram que irão acompanhar todas as investigações do caso para descobrir se o autor do crime, André Stefano Dimitriu Alves de Britto, preso em flagrante, agiu isoladamente ou a mando de alguém.
A cúpula da campanha de Lula vem, há tempos, demonstrando preocupação com a segurança do ex-presidente em eventos públicos. O petista, contudo, se recusa a abrir mão de atos nas ruas e afirma que isso dará munição a Jair Bolsonaro, que já usa a falta de aparição de Lula nas ruas como arma política.