Comitiva de Mario Frias à Europa gastaria R$ 80 mil em diárias
Mario Frias viajaria para Rússia, Hungria e Polônia; alvo do MP do TCU por viagem a NY, secretário de Cultura emplacou cunhado na Embratur
atualizado
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A comitiva do secretário especial de Cultura, Mario Frias, que visitaria Rússia, Hungria e Polônia nesta semana custaria pelo menos R$ 80 mil em diárias aos cofres públicos. O dinheiro foi pago a Frias e outros quatro auxiliares na última sexta-feira (11/2), antevéspera do périplo que duraria até o próximo dia 23. No sábado (12/2), contudo, a viagem foi cancelada por ordem do Planalto, em meio à pressão sobre Frias por ter gastado R$ 39 mil em Nova York para encontrar o lutador bolsonarista Renzo Gracie.
Fariam parte da comitiva Frias o secretário adjunto de Cultura, Hélio Oliveira; o secretário de Audiovisual, Felipe Pedri; o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula; e o chefe de gabinete, Raphael Azevedo. Cada um recebeu cerca de R$ 16 mil por dez diárias internacionais. O périplo incluiria supostos encontros com “autoridades culturais” em Moscou, na Rússia; Budapeste, na Hungria; e Varsóvia e Cracóvia, na Polônia. O grupo acompanharia Jair Bolsonaro à Rússia e à Hungria.
Procurada, a Secretaria de Cultura não respondeu por que as diárias ainda constam como pagas e qual seria a agenda nesses países. A agenda pública de Mario Frias é desconhecida desde a semana passada. O órgão também não informou quando o dinheiro será devolvido.
Nesta terça-feira (15/2), a coluna mostrou que Mario Frias emplacou o cunhado em um cargo de confiança na Embratur. Além de irmão, o advogado Christiano Camatti é sócio de Juliana Camatti, mulher de Frias. Desde o fim do ano passado, Christiano Camatti recebe um salário de R$ 18,4 mil como coordenador de Infraestrutura do órgão ligado ao Ministério do Turismo, pasta a que Frias também é subordinado.
Frias está pressionado no cargo desde a semana passada, quando o jornalista Lauro Jardim mostrou que o secretário gastou R$ 39 mil para viajar a Nova York em dezembro. O objetivo da viagem foi discutir uma produção audiovisual com o lutador de jiu-jitsu bolsonarista Renzo Gracie. O Ministério Público do TCU apura o caso.