Comitê antilavagem criado por Lula e Cláudio Castro não saiu do papel
Anunciado em caráter emergencial, o comitê de combate à lavagem de dinheiro ainda não está funcionando
atualizado
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O Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra), anunciado pelo governo Lula em parceria com o governo do Rio de Janeiro, em outubro, nunca chegou a funcionar. O acordo de cooperação técnica para criar o grupo, em caráter emergencial, foi assinado após ataques da milícia queimarem 35 ônibus e um trem no estado.
Integrantes do comitê afirmam que o grupo ainda não tem estrutura de cargos definida nem plano de trabalho estruturado. Quando Flávio Dino foi indicado ao Supremo Tribunal Federal, um mês depois da criação do comitê, os envolvidos decidiram esperar o início de 2024 e a nova gestão do Ministério da Justiça.
À coluna os delegados envolvidos na liderança do Comitê afirmam que o grupo já tem espaço físico para trabalhar e policiais e auditores designados para atuar no gabinete emergencial. Integrantes do governo afirmam que o grupo mostrará resultados nos próximos meses.
O Ciifra é uma parceria da Polícia Civil com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Participam também do comitê a Secretaria de Fazenda do Rio de Janeiro e a Polícia Federal. A Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro não participará do grupo.
O secretário nacional de Segurança Pública é, atualmente, Tadeu de Alencar, quem, em tese, estaria coordenando o programa. Alencar, entretanto, será substituído pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo.
Sarrubbo terá o trabalho de estruturar, juntamente com os órgãos responsáveis no Rio de Janeiro, o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos.