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Comissão de Ética vê “barbárie linguística” em ataque de ex-ministro

Gilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, foi punido pela Comissão de Ética da Presidência por xingar Lula

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ministro do turismo, Gilson Machado Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1
1 de 1 ministro do turismo, Gilson Machado Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Comissão de Ética da Presidência considerou que o serviço público viveria uma “barbárie linguística” se seguisse o exemplo de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro punido pelo colegiado por xingar Lula. No mês passado, a comissão decidiu, por unanimidade, aplicar a Machado uma censura ética, a pena máxima para um ex-ministro.

Em 2021, o então ministro do Turismo de Bolsonaro publicou diversas ofensas a Lula no Twitter. Machado disse que Lula era “cabra safado, ex-presidiário e cachaceiro”, e acusou o petista de “lamber bota de europeu” e “difamar nossa nação” em viagens internacionais.

Gilson Machado alegou ao colegiado que estava protegido pela liberdade de expressão e recorreu a um texto do escritor Luis Fernando Veríssimo para defender o uso de palavrões. “Traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos”, afirmou.

A relatora do processo discordou. “Basta a realização do exercício de imaginar que a conduta e os termos utilizados pelo interessado [Gilson Machado] servissem de exemplo e fossem seguidos pelos demais servidores públicos. […] Seria aceitável que um servidor público tratasse um cidadão desta forma? E se um cidadão tratasse um servidor de tal modo? Parece-me que seria a implantação de uma ‘barbárie linguística’ na administração pública”, escreveu a conselheira Marcelise de Miranda Azevedo.

A conselheira afirmou ainda que as declarações do então ministro “extrapolam os limites da boa educação e do respeito ao comportamento ético que se espera de uma autoridade pública”. E acrescentou: “A verdade é que se trata claramente de conteúdo ofensivo, humilhante, constrangedor, destinado a diminuir ou desqualificar indivíduo, expondo-o à execração pública”.

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metropoles.comGuilherme Amado

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