Combustíveis: redução do ICMS terá dificuldade extra no Senado
Ao menos 10 parlamentares pretendem se lançar a governador e temem enfraquecimento dos cofres estaduais
atualizado
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O projeto de lei que limita a cobrança de ICMS pelos estados, em pontos como combustíveis e energia elétrica, terá uma dificuldade extra no Senado. É que, na Casa, ao menos 10 parlamentares pretendem se lançar a governador e temem o enfraquecimento dos cofres estaduais caso vençam a eleição.
Embora prefiram não se manifestar publicamente sobre a redução do ICMS — a medida, em tese, busca baratear o preço dos combutíveis —, nos bastidores alguns senadores alinhados ao Planalto atuam contra a proposta. Outros, como Luiz Carlos Heinze, pré-candidato no Rio Grande do Sul pelo PP, votarão a favor.
“A redução da receita estadual poderá cair no meu colo, mas diminuir o preço do combustível neste momento é de extrema importância”, diz Heinze.
Humberto Costa, do PT de Pernambuco, tem sido um dos principais articuladores da oposição para que a proposta não prospere:
“Essa proposta não passará facilmente no Senado como passou na Câmara. Vai prejudicar governadores e prefeitos, já que parte do ICMS é repassada aos municípios. Trata-se de nuvem de fumaça para Bolsonaro tentar controlar artificialmente o preço da gasolina em ano de eleição”.