Comandante da Marinha de Bolsonaro foi processado por não pagar pensão
Almir Garnier foi cobrado na Justiça pela ex-mulher e intimado no Ministério da Defesa; ex-comandante foi acusado de apoiar plano golpista
atualizado
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O almirante Almir Garnier Santos, comandante da Marinha do governo Bolsonaro suspeito de apoiar um plano golpista, foi processado em 2019 pela ex-mulher por uma dívida de R$ 14,7 mil na pensão alimentícia. Naquela época, Garnier era o secretário-geral do Ministério da Defesa, número dois da pasta.
A ação foi movida pela advogada Sueli Ramos Santos, que disse ter problemas de saúde. Segundo o processo, o casal rompeu em 2014. Em 2016, a Justiça do Rio de Janeiro ordenou o militar a pagar uma pensão alimentícia equivalente a 24% de seus ganhos. Depois, em segunda instância, o percentual caiu para 10% a partir de 2019.
A ex-mulher do almirante acionou a Justiça do Distrito Federal no início de 2019, alegando que Garnier lhe devia R$ 14,7 mil, ou R$ 22,9 mil atualmente, corrigidos pela inflação.
Garnier foi intimado no Ministério da Defesa por um oficial de Justiça em abril de 2019. Ele foi informado de que deveria quitar a dívida em até 15 dias, sob pagamento de multa. Depois disso, não se manifestou no processo, que foi arquivado. Não é possível saber se a dívida foi paga.
No mês passado, Almir Garnier foi acusado na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, de ter apoiado um plano golpista após a vitória de Lula. Até o momento, Garnier não se manifestou sobre o caso.
Procurado, Garnier não respondeu. A Marinha afirmou que “não acompanha as ações cujo trâmite na Justiça relaciona-se ao direito de família, salvo para o estrito cumprimento de decisão judicial, quando demandada formalmente. A Força ressalta que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, dos valores éticos e sob o preceito da transparência”.