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Comandante da FAB curte post de teor racista: “Preto vitimista”

Manifestação pró-Bolsonaro de comandante militar contraria regras básicas da caserna; FAB silencia novamente

atualizado

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Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior
1 de 1 Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior - Foto: Divulgação

O comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, curtiu no Twitter neste domingo (7/8) posts de teor racista que atacam “preto vitimista”. A publicação é do bolsonarista Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares que foi alvo da Justiça e hoje é candidato a deputado federal pelo PL, sigla de Jair Bolsonaro.

“Se a África é tão boa, por que não vai morar lá, preto vitimista?”, escreveu Camargo, sem detalhar a quem se referia. Em outra publicação endossada pelo comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Camargo afirmou, emulando o slogan do governo Bolsonaro: “Brasil acima de tudo, incluindo a África”. O terceiro like do militar alinhado ao presidente foi para a seguinte frase: “Raça nunca estará acima dos valores da pátria”.

O comandante da Aeronáutica tem um histórico de apoiar publicações abertamente bolsonaristas em redes sociais, contrariando regras básicas da caserna. No ano passado, quando assumiu a liderança da FAB, endossou um post em que Bolsonaro exaltava um protesto a seu favor. Em outro, comparou medidas científicas para combater a Covid ao comunismo e acusou a esquerda, também sem provas, de permitir incestos.

Camargo também recebeu o incentivo público do tenente-brigadeiro em setembro do ano passado, quando chamou militantes de “afromimizentos” e a Palmares, de “senzala vitimista”.

Ex-presidente da fundação cuja missão é valorizar a cultura negra, Camargo já afirmou que a escravidão foi “benéfica” à população negra, o que, obviamente, não é verdade.

O bolsonarista também é alvo de investigações judiciais, incluindo assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários.

Antes de se lançar a deputado pelo partido de Bolsonaro, foi afastado pela Justiça de atividades da gestão do órgão. Procurada, a Aeronáutica não respondeu.

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metropoles.comGuilherme Amado

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