Com vice ex-Rota e Datena, Nunes viu crescer tema que queria evitar
Prefeito de São Paulo, Nunes não pretendia inicialmente fazer da segurança pública um dos grandes temas da campanha neste ano
atualizado
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Embora a segurança seja uma das principais preocupações dos paulistanos, conforme indicam pesquisas, Ricardo Nunes dizia em conversas com aliados até há pouco tempo que, se dependesse dele, esse não seria um dos temas centrais de sua campanha à reeleição.
Por ser um assunto de competência estadual, o prefeito de São Paulo e aliados avaliavam que o emedebista não deveria se aprofundar na segurança — especialmente diante dos maus índices e a sensação de insegurança na cidade.
A ideia inicial do prefeito não sobreviveu aos desdobramentos das últimas semanas. Nunes se viu compelido a definir como vice Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota indicado por Jair Bolsonaro, e ganhou como adversários nomes com apelo exatamente nessa área: José Luiz Datena, há décadas à frente de programas policiais na TV aberta; e Pablo Marçal, com seu discurso à la bolsonarista selvagem.
Aliados do emedebista admitem agora que, com o tema anabolizado e postado literalmente dentro da chapa de Nunes, é inevitável encará-lo como um dos grandes temas da campanha. Até porque, ponderam, as polícias Militar e Civil respondem a um aliado de primeira hora do prefeito e de Bolsonaro: o governador Tarcísio Gomes de Freitas.
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