Com redes bloqueadas, Luciano Hang sua na Justiça para conter falsos Hangs
Perfis que se passam por Luciano Hang têm aplicado golpes financeiros e defendido opiniões antidemocráticas nas redes sociais
atualizado
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O empresário Luciano Hang, dono da Havan, tem travado disputas judiciais contra plataformas digitais para derrubar perfis que se passam por ele nas redes sociais.
Hang está com as redes sociais bloqueadas desde agosto do ano passado. A determinação foi expedida por Alexandre de Moraes no âmbito da operação que mirou empresários acusados de manifestar opiniões antidemocráticas em um grupo de WhatsApp.
Desde então, perfis falsos usam a imagem de Hang para defender a ruptura democrática e para aplicar golpes financeiros em apoiadores de Bolsonaro, como pedidos fraudulentos de PIX para ajudar os presos do 8 de Janeiro.
O setor de segurança da Havan identificou 64 perfis falsos e que estão ativos nas redes sociais. São sete no Facebook, 35 no Instagram e 22 no Twitter.
Na semana passada, Hang obteve decisões favoráveis na Justiça para obrigar a Meta a remover dois perfis falsos no Facebook e outros quatro no Instagram.
A defesa de Hang disse que os perfis propagavam “críticas ácidas e conteúdo potencialmente ofensivo às instituições governamentais e a políticos”. Os advogados argumentaram que os posicionamentos não tinham “nenhuma relação com o pensamento” de Hang e que as páginas induziam outros usuários das plataformas a acreditarem que o empresário era autor de tais manifestações.
Entre os perfis derrubados estavam páginas de grande alcance, com 333 mil e com 237 mil seguidores. Os golpistas também usavam as redes para vender camisetas e para promover anúncios comerciais.