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Colega de Moro atuou em live que causou bloqueio de Kicis no YouTube

Deputado Diego Garcia participou de live com mentiras sobre vacinação infantil; YouTube bloqueou canal de Bia Kicis por uma semana

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Sergio Moro
1 de 1 Sergio Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Correligionário de Sergio Moro, o deputado Diego Garcia, do Podemos do Paraná, participou da live com mentiras sobre a vacinação infantil que levou o YouTube a bloquear na última semana o canal da deputada Bia Kicis, do União Brasil do DF. O vídeo com fake news sobre a vacina foi publicado por Kicis em janeiro.

“Deputado Diego Garcia, esses dias você disse: ‘Só por cima do meu cadáver que vacinam meus filhos. Posso perder meu mandato e minha vida”, afirmou Kicis, antes de passar a palavra ao “querido amigo”.

“Qual é a necessidade de os meus filhos serem vacinados com esse experimento? De eles se transformarem numa cobaia?”, afirmou Diego Garcia, sem qualquer embasamento. Como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), especialistas e organismos internacionais já afirmaram diversas vezes, as vacinas não são experimentais e são seguras.

“Vão colocar no teu corpo e acabou. Seja o que Deus quiser”, seguiu o colega de Moro no Podemos paranaense, novamente divulgando informações falsas. As vacinas contra a Covid foram testadas em todo o mundo e têm seus efeitos analisados diariamente por agências técnicas, inclusive a Anvisa.

Essa live com mentiras levou o YouTube a bloquear por sete dias o canal da deputada Bia Kicis. A punição foi imposta na última sexta-feira (25/2). Contumaz propagadora de fake news sobre a pandemia, a bolsonarista preside a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

baona/Getty Images
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

Igo Estrela/ Metrópoles
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

ER Productions Limited/ Getty Images
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

Hugo Barreto/ Metrópoles
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

Aline Massuca/ Metrópoles
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

Igo Estrela/Metrópoles
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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Criança vacinada

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Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa

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O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina Coronavac em território nacional, deve enviar à Anvisa mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula

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Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças menores, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno

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