COB se posiciona sobre quem deve representar o skate no Brasil
Duas entidades querem controlar o skate no Brasil; COB tomou lado e enviou comunicado à federação internacional
atualizado
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) se posicionou na disputa sobre qual entidade deve ser a representante do skate no país. Há uma disputa em andamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, entre duas confederações que querem representar o esporte.
O imbróglio começou quando o skate foi escolhido como modalidade olímpica. Naquela época, ficou determinado que o esporte deveria estar subordinado a uma federação internacional. Como não existia a de skate, colocaram a modalidade sob o guarda-chuva da World Skate (skate significa patins em inglês), entidade que cuida de esportes de patinação.
Como no Brasil há duas confederações ligadas à World Skate, a de Hóquei e Patins (CBHP) e a CBSK, que é a de skate, a entidade determinou que elas entrassem em um consenso, até o dia 31 de dezembro do ano passado, sobre quem seria a representante legal do esporte. Caso não houvesse acordo, o COB deveria indicar a entidade. Durante todo esse tempo, o Comitê Olímpico não se manifestou, apesar de ter havido uma audiência no CAS, em setembro.
Na segunda-feira (28/10), o presidente do COB, Paulo Wanderley, enviou uma carta à World Skate afirmando que a CBSK deve manter o controle do esporte no Brasil. O posicionamento do COB vai ao encontro a uma proposta apresentada pela CBSK, que é a criação de uma terceira entidade, que deve ser filiada à World Skate, e que cada esporte continue sendo mantido pelas suas respectivas confederações.
“Como parece ser possível, de que uma solução passe pela criação de uma terceira entidade para a representação do Brasil abrangendo tanto a CBSK quanto a CPHB e, independentemente de quem atuará como representante dentro da organização e assembleias da WS, o controle e a gestão da disciplina de skateboarding e dos orçamentos correspondentes devem permanecer com a CBSK”, afirmou Paulo Wanderley.
“Isso é crucial para servir adequadamente ao nosso esporte, nossos atletas e à participação do Brasil no próximo Ciclo Olímpico. A transferência da gestão das disciplinas de skateboarding para outra entidade sem qualquer envolvimento prévio ativo no skateboarding colocaria em questão o significativo desenvolvimento deste esporte alcançado em nosso país, e isso sem razão”, concluiu.
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