Clubes de futebol aceleram para tentar concluir projeto financeiro de Liga
Grupo restrito de dirigentes que negocia com fundos de investimentos quer concluir criação da entidade antes do término dos mandatos atuais
atualizado
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Um grupo de dirigentes de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Bahia, Inter e Grêmio está tentando acelerar as negociações com fundos de investimentos para viabilizar o projeto da Liga de Clubes entre 30 a 45 dias. O prazo é apertado, mas os integrantes do grupo querem ter o planejamento financeiro da entidade fechado antes de alguns dos 40 presidentes de times das Séries A e B encerrarem os mandatos neste ano.
Além desses clubes, as direções de Ceará e Fortaleza acompanham a discussão por meio do Bahia.
Priorizar a viabilidade financeira da Liga foi uma sugestão defendida pelo Corinthians que foi acatada pelos demais. O clube vislumbra o pagamento mais imediato de luvas para ter um alívio na crise financeira que enfrenta.
Os clubes entendem que, se as negociações não forem concluídas antes das trocas de mandatos, novos presidentes terão de ser convencidos a aderir ao projeto e poderão até ser cooptados por opositores da Liga. Um dos dirigentes que deixará o cargo será Maurício Galiotte, do Palmeiras, que deve ser substituído pela empresária Leila Pereira, dona da patrocinadora Crefisa.
Um dos trunfos para acelerar o projeto é que a proposta financeira para criar a Liga não precisa contar com a adesão imediata de todos os clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro — o apoio integral é necessário somente para viabilizar a parte desportiva.
Os clubes se uniram para discutir a Liga mais reservadamente após a briga que ocorreu no dia 22 de julho entre o presidente do Athletico Paranaense, Mario Celso Petraglia, e do Bahia, Guilherme Bellintani. Após o episódio, os defensores da Liga resolveram restringir as negociações para evitar que o projeto fosse implodido no colegiado.