Cineclube de Michelle Bolsonaro tem filmes sobre Deus e fascismo
O Cinevalores já exibiu “Cartas para Deus”, “Uma mente brilhante” e “A onda”, entre outras obras cinematográficas
atualizado
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A primeira-dama Michelle Bolsonaro tem um cineclube com a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o ministro do TST, Ives Gandra Martins Filho, o Cinevalores. A última reunião do clube foi neste domingo, na sala de cinema do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.
Além dos três, também fazem parte do grupo o presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinicius Carvalho Brasil, e sua mulher, Fabiana Koch.
Carvalho Brasil chegou a ser investigado na Justiça por ter vazado para Koch e sua irmão o edital de um concurso de Taió, em Santa Catarina, quando trabalhava na prefeitura. O caso aconteceu em 2018 e ele foi considerado inocente pela justiça estadual.
Todos os participantes são evangélicos, com exceção de Gandra, que é da Opus Dei, uma denominação católica. A religião é o tema de parte dos filmes que já foram assistidos no Cinevalores, como “Cartas para Deus”, sobre um menino com câncer que conversa com Deus através de cartas, e “As Cruzadas”, clássico da década de 30 dirigido por Cecil B. DeMille retratando as guerras santas de cristãos contra muçulmanos pelo controle de Jerusalém.
Há também opções não diretamente ligadas ao assunto, como o filme alemão “A Onda”, que mostra como surgem sistemas autoritários, e o vencedor do Oscar “Uma Mente Brilhante”.