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Chico Alencar critica saída de Freixo em carta ao PSol

Marcelo Freixo anunciou que está deixando o partido após 16 anos

atualizado

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1 de 1 chico alencar - Foto: Fotos Públicas/Reprodução

Chico Alencar publicou hoje uma carta reafirmando sua filiação ao PSOL. O conteúdo da carta claramente foi uma crítica à decisão de Freixo de deixar o partido, anúncio feito hoje. O deputado federal se colocou como pré-candidato ao governo Fluminense e irá se filiar ao PSB.

Chico Alencar escreveu sobre a importância de se reafirmar valores e crenças em momentos da vida.

Num momento, faz uma crítica ao pragmatismo, uma das razões que fez Freixo deixar o partido, que é muito seletivo — ou, seletivo, a depender de que lado você está da discussão — nas alianças.

“Ao contrário do que podem sentir alguns, o PSol não me limita, me faz melhor como figura pública“.

Leia a integra da carta de Chico Alencar.

“CARTA DE CONFIRMAÇÃO DE FILIAÇÃO AO PSOL
“Nascer não basta. É para renascer que nascemos” (Pablo Neruda)
Há momentos na vida em que é preciso reafirmar valores e crenças. Não dogmas, mas convicções e utopias – várias e mutáveis, mas imprescindíveis.
Gosto de pertencer ao Partido Socialismo e Liberdade, como os nossos 240.631 filiados no Brasil inteiro, incluindo os 56 mil que vieram desde outubro passado. Somos um partido em construção e crescimento, com vocação de grandeza. Ao contrário do que podem sentir alguns, o PSOL não me ‘limita”: me faz melhor como figura pública.
Teria 500 ou 50 razões para permanecer no PSOL, mas resumo em cinco:
1 – O PSOL é um partido que busca ser fiel ao seu próprio nome: Socialismo e Liberdade. Procura manter a dimensão sem a qual qualquer organização política que não seja da ordem perde a razão de ser: o sonho de uma sociedade igualitária, da democracia sem fim. O PSOL é comprometido com a transformação social e com a ética pública;
2 – O PSOL tem princípios e programa, em constante atualização. Não quer controlar os movimentos sociais, e sim estimulá-los. Não se acredita portador único das urgentes mudanças, mas é agente delas, junto com outras forças – sem se diluir ou perder a identidade;
3 – O PSOL não é um partido meramente eleitoral – como quase todos: é do cotidiano, da cidadania ativa diária. Nossa força vital vem dos militantes, dos núcleos de base, dos setoriais da diversidade da sociedade: juventude, negra/os, mulheres, LGBTI+, ecossocialista, educação, saúde…
4 – O PSOL disputa eleições apresentando projetos coletivos, colocando o programático acima do “pragmático”. Entende a necessidade de alianças e coligações a partir de uma plataforma comum, a ser construída em uma mesa de unidade – nas lutas contra o neofascismo, desde já; na disputa de 2022, a ser construída sem hegemonismos e com propostas para um outro Brasil, numa perspectiva progressista e ampla, sem sectarismos e sem ilusões com a direita;
5 – O PSOL cobra, saudavelmente, de cada parlamentar uma atuação como bancada, combate o individualismo (grande sedução da institucionalidade burguesa, arraigada na cultura nacional), tem atenção crítica e saudável em relação às nossas palavras e votos, tanto quanto não vacila na defesa dos seus mandatários, quando alvo dos ataques dos poderosos a quem combatemos.
Sigo acreditando que “um violino, por mais afinado que seja, não substitui uma orquestra”. (Chico Alencar, filiado ao PSOL desde 2005, vereador pelo Partido no Rio)”

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