Chega ao Brasil este mês, via editora Fósforo, o livro “Uma mulher”, da Nobel de Literatura Annie Ernaux, exemplo de um gênero literário criado pela autora e responsável por parte de seu reconhecimento: a autossociobiografias.

Esse tipo de texto retrata histórias vividas pela autora, mas contextualizadas com reflexões sobre os contextos históricos e sociais da época.

O livro é baseado na história de sua mãe, que nasceu na França no século 20 e foi operária do dos 12 anos até se casar, quando abriu um café com o marido e onde trabalhou até a terceira idade.

Após ficar viúva, passou a viver com a escritora e seus filhos e conviveu com a ascensão de Ernaux como escritora, a quem incentivou ao longo da vida. “Uma mulher” retrata a convivência da escritora com a mãe até o fim da sua vida, quando ela já sofria de Alzheimer.

A obra, que conta com tradução de Marília Garcia, foi lançada em 1987, cinco anos depois de “O lugar” chegar às livrarias. O livro é uma homenagem ao pai de Ernaux.

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