Chefe do MP-RJ concorda com apreensão de adolescentes sem flagrante
Luciano Mattos se manifestou no STJ contra uma decisão da Justiça do RJ que, a pedido dos promotores, havia derrubado a medida
atualizado
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O procurador-geral do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, contrariou promotores do estado e defendeu a apreensão de crianças e adolescentes desacompanhados nas praias da capital fluminense, mesmo sem crime em flagrante. Mattos se manifestou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro que, a pedido dos promotores, havia derrubado a medida do governo.
Mattos alegou que eventuais abusos na apreensão dos adolescentes serão analisados pela Justiça.
“Só se pode concluir que eventuais abusos cometidos na apreensão ou no acolhimento serão objeto de tratamento pelo Ministério Público e pelo juiz na sequência imediata de suas ocorrências”, disse o chefe do MP estadual.
Em decisão no último dia 11, a juíza Lysia Maria da Rocha Mesquita escreveu que a Operação Verão “acabou por violar direitos individuais e coletivos de crianças e adolescentes de uma camada específica de nossa sociedade”.
O presidente do Tribunal de Justiça fluminense reverteu a decisão no último dia 16. A Defensoria Pública do estado, então, foi ao STJ contra a decisão de Cardozo.